Bom dia,

Sou nova no calculo estrutural, mas tenho estudado bastante e me dedicado para entender cada passo e situação.

Tenho a seguinte situação que preciso de ajuda.

Um cliente me pediu um projeto estrutudal de uma casa geminada de apenas 1 pavimento, mas que no futuro posso ser ampliada para 2 pavimentos.

O cliente não tem idéia de como ficará a planta do pavimento superior.

Será que se eu calcular com uma carga extra para a laje de cobertura ela mais tarde poderá resistir aos esforços da estrutura que será projetada?
Ou será que devo imaginar qualquer planta para ter idéia de carregamento dessa ampliação?

Podem me ajudar por favor.

Obrigada.

Prezada Marcinhanunes
Uma sugestão seria a de voce considerar o carregamento de um pavimento superior com um arranjo de paredes idêntico ao térreo. Isso te daria uma idéia do carregamento a ser usado no dimensionamento da estrutura.
MAS, É APENAS UMA ESTIMATIVA!!!
Boa sorte!!!!
ATT.;:Paulo José Barreto
Engº.Civil

Cara Marcinha,

Isto seria caminhar em sentido contrário ao do PLANEJAMENTO. O caminho correto é projetar toda a obra e fazer os cálculos a partir deste projeto. Mesmo que a parte superior venha a ser executada a posteriore. Fazer estimativas no projeto do pavimento térreo não garante que no futuro o proprietário vá ter total liberdade para construir o que bem lhe der na teia. Fosse assim todos poderiam mudar as plantas de um apartamento sem maiores preocupações estruturais.

Se você é novinha em experiência, é melhor começar a trabalhar da maneira mais correta possível. Para isso tente convencer o proprietário de que é necessário ter todo o projeto ou de que a planta do superior deverá seguir o mesmo traçado do pavimento térreo. Assim você poderá estimar e calcular a estrutura mais tranquila e seguramente.

Boa sorte

Cara Marcia,
Nessa situação (prevista na NBR 6118) você deve considerar que a laje de cobertura (futuro piso) seja dimensionada de modo a permitir o traçado livre de alvenarias sobre ela, contemplando-se o futuro carregamento a partir de uma unidade de carga por área. Obviamente, isso irá refletir no dimensionamento das vigas e pilares. Não é uma situação econômica, pois o dimensionamento é sempre “para mais” do que estritamente necessário. Restringe-se ainda o uso de pré-lajes de vigotas (as mais baratas) que só permitem paredes (de alvenaria) com apoio direto no sentido transversal às vigotas.
Com os sistemas construtivos que utilizamos (que pela sua artesanalidade nem mesmo merecem a denominação de sistemas), essas situações imprevistas deveriam ser sempre evitadas. Por muito pouco pode-se correr riscos desnecessários, como, por exemplo, a inversão de um momento em uma laje pelo simples fato de se construir sob ela uma parede sem o devido cuidado para que seja evitada a condição de “apoio”.
Abraço fraterno,