Superarmar uma viga, por exemplo, consiste em colocar um monte de armaduras(???)
Corretamente???

É simples, porque existe um principio básico, que consiste em armar a estrutura com armadura ideal para que ela não provoque ou uma tragédia na forma de rompimento explosivo do concreto (caso da viga super-armada) já que o aço resiste muito mais que o concreto e se este estiver super-armado, o concreto irá se romper primeiro de forma explosiva e sem avisos.

Segundo, não se deve sub-armar porque ocorre o mesmo, porém, de forma inversa, mais lento mas contínuo, tornando a estrutura frágil e certamente a deriva do colapso progressivo contínuo.

Então, se você quiser aprender mais um pouquinho, pois o assunto é interessantíssimo, acredito que ler alguns livros dos autores consagrados no cálculo de estruturas de concreto armado irá ajudar. Um exemplo, procure no google a respeito de estádios do concreto armado, e irá conhecer várias introduções no mundo do cálculo do CA. Boa Sorte!

Nas situações em que a escolha da altura da viga é livre, podemos impor o critério de que a peça fique "subarmada" e que tenha "altura mínima". Isto significa que devemos usar os valores limites de ks e de kc (ou k3 e k6).

Esclarecendo melhor, significa que com valores maiores do que estes valores limites, a peça se torna "superarmada", isto é, anti-econômica e com perigo de romprimento brusco do concreto sem aviso prévio, mas ainda assim com folga de esforços no aço.

É sempre preferível que as peças estejam "subarmadas", quando a folga ocorre no concreto, dando avisos antecipados através de fissuras excessivas, enquanto o aço ainda está no seu limite de escoamento.

engcarlosedu escreveu:Neste caso estaria mais para uma bomba relógio pois quando atinge o ELU a ruptura da peça ocorrerá de forma frágil, ou seja, sem aviso prévio da estrutura, pois o concreto rompe (por compressão alcançando o encurtamento máximo de 0,35%) antes que a armadura sofra alongamento (es<eyd) e provoque fissuras que poderiam servir como advertência. Peças superarmadas são peças com pouca ductilidade.

Bom, isso se a viga em questão for dimensionada no Domínio 4.

Mas o que dizer de um caso hipotético onde o "calculista" ao invés de usar o coeficiente de majoração das cargas γ = 1.4 tivesse usado um "coeficiente de cagaço extremo" de valor, vamos dizer, γ = 5.6, podemos dizer que neste caso a viga estaria superarmada pelo fato de ter mais aço do que o necessário?

CH escreveu:

engcarlosedu escreveu:Neste caso estaria mais para uma bomba relógio pois quando atinge o ELU a ruptura da peça ocorrerá de forma frágil, ou seja, sem aviso prévio da estrutura, pois o concreto rompe (por compressão alcançando o encurtamento máximo de 0,35%) antes que a armadura sofra alongamento (es<eyd) e provoque fissuras que poderiam servir como advertência. Peças superarmadas são peças com pouca ductilidade.

Bom, isso se a viga em questão for dimensionada no Domínio 4.

Mas o que dizer de um caso hipotético onde o "calculista" ao invés de usar o coeficiente de majoração das cargas γ = 1.4 tivesse usado um "coeficiente de cagaço extremo" de valor, vamos dizer, γ = 5.6, podemos dizer que neste caso a viga estaria superarmada pelo fato de ter mais aço do que o necessário?

Negativo. Ela nao está superarmada. Uma viga estar ou nao superarmada é em relação ao concreto e nao à carga atuante na viga.

A questao de uma viga estar superarmada significa ela estar trabalhando no domínio 4 (para entender melhor isso é bom dar uma lida em livros de concreto armado).