Temos visto perplexos as chuvas que caem sempre neste período do ano em nossas cidades, e pensamos: Porque todo ano a mesma coisa? Será que a Natureza está contra nós? Podemos fazer algo para evitar essas tragédias?

O Melhor, é que podemos fazer algo para evitar estas tragédias, ou ao menos minimizá-las.

Vemos a desorganização do Ministério da Integração Nacional na distribuição das verbas para os projetos, mas também vemos estados, como o Rio de Janeiro, que tanto sofreu, não apresentar sequer um projeto para que seus cidadão não sofram tantas perdas neste período.

Podemos fazer a drenagem dos rios, podemos retirar as pessoas das áreas de risco, dando a elas lugar dignos e livre de perigos, construindo casas. Tudo isso antes destas tragédias acontecerem, com certeza gastaremos menos do que gastamos para reconstruir cidades em ruínas.

Joeliton,

Infelizmente o que vemos por ai é o desrespeito a natureza. Desde que o mundo é mundo sabemos que as áreas de várzea de um rio, inunda de tempos em tempos, no entanto, a ocupação das várzeas nas áreas urbanas é coisa comum. Escorregamento de material em encostas também é um fato que existe desde sempre, o que acontece é que nós, cidadãos, nem sempre respeitamos os limites da razoabilidade, e então construimos em locais que naturalmente já são perigosos.

Outro agravante está na falta de ação do poder público, principalmente nos casos onde o caos já está instalado. Uma área propensa a escorregamentos ou alagamentos, jamais deveria ser ocupada, no entanto, em muitos casos vemos exatamente o contrário, e com o apoio do estado, que urbaniza, oferece serviços públicos, etc, sob a alegação que as comunidades já estão estabelecidas.

São raros os casos em que os governantes, tem coragem de remover uma ocupação irregular, e ainda inibir novas. O problema é que atitudes como essas são impopulares, e geram um desgaste político que quase nenhum político está disposto a assumir.

É sabido também, que a maior parte das ocupações irregulares em áreas de risco, ocorrem principalmente pela falta de opção de um lugar melhor. E ai tem outras questões de ordem social envolvidas, que prefiro não entrar no mérito.

Saudações,
Sérgio Guimarães