Esclarecimentos
- marciosilvestre
- postou em Qui, 14 Fev 2008, 14:19
- Colaborador Nível 3 | Mensagens: 705
Engano! A NBR6118 considera que a estrutura é de nós fixos se for obedecida a condição: GamaZ < 1,1. Para GamaZ entre 1,1 e 1,3 é necessário a análise não-linear com 2a ordem, que consiste na avaliação dos esforços finais de 1a ordem + 2a ordem a partir da majoração adicional dos esforços horizontais da combinação de carregamento considerada por 95 % de GamaZ.
EXATAMENTE ISSO QUE ESTAVA ESTAVA ENTENDIDO, NA OBSERVAÇÃO RESUMIDA DA RESPOSTA QUE LHE MANDEI, VEJA ABAIXO O TEXTO entre (). Acredito que todos engenheiros ativos na nossa área de calculo estrutural, a mais de 30 anos na atividade calculo de estruturas e desenvolvento aplicações para calculo estrutural desde 1982, conhecem a fundo a NBR e o trabalho que executam.
Obra: Projeto Estrutural de Edifícios de Concreto Armado
autor : Prof Doutor José Milton de Araujo
Editora : Dunas
Agosto 2004
Páginas 120 - 121
"ii) Assim desde que Gama z <= 1,3, os esforços globais em estrturas reticuladas de nós móveis (Estruturas deslocáveis), com no mínimo quatro andares, podem ser obtidos a partir da majoração adicional dos esforços horizontais or 0,95 x Gama z. Ou seja se a estrutura for deslocável e Gama z <= 1,3 , basta majorar as forças horizontais pelo coeficiente 1,4 x 0,95 x Gama z e realizar a análise de primeira ordem para obtenção dos esforços globais (Primeira ordem + segunda Ordem) " (logicamente com algum acréscimo.)
Repito! Item 15.6 da NBR6118: Sob a ação de forças horizontais, a estrutura deverá ser sempre calculada como deslocável. O fato de a estrutura ser classificada como sendo de nós fixos dispensa apenas a consideração dos esforços globais de 2a ordem.
Acredito que esse fato não esta em discução o efeito do vento e ou desaprumo, o que for maior será absorvido pela ESTRUTURA DE
CONTRAVENTAMENTO( Porticos de contraventamento acrescidos ou não de pilares paredes que por acaso hexistam na estrutura). Há um fato importante a relatar a maioria dos softwares de mercado (os maiores) não aplicam a excentricidade das forças de ARRASTO no calculo dos esforços do vento, o que no exemplo calculado no livro indicado acima da um acréscimo de em torno de 20% da carga nos pilares extremos da edificação, esse fator para quem utiliza esses softwares se não for efetuado a verificação manual são desconsiderados no cálculo ( No MultCalc esse fator é considerado conforme a Norma ).
"Sempre que possível , deve-se tomar as providências necessárias para garantir que a estrutura possa ser considerada indeslocável. Citando Leonhardt, "Somente um engenheiro sem habilidade arcaria com as preocupações deixando para o proprietário os problemas de custo que surgem em sistemas de pórticos deslocáveis de vários andares""
Curso de Concreto Armado - pag 84 - José Milton de Araujo - Prof Titular FURG - Doutor em
Engeharia - Editora Dunas.
O MultCalc é o único no mercado onde você não necessita chutar as dimensões dos pilares e vigas no lançamento da estrutura e depois voltar alterar, voltar alterar , recalcular, ou não otimizar o lançamento, ele permite um dimensionamento interativo das seções após um pré levantamento automático de cargas . A Estrutura de contraventamento a ser escolhida pelo projetista pode ser dinamicamente alterada e combinada com pilares parede até que se alcance o objetivo ( garantir indeslocabilidade).
Contradição! Para se calcular a inércia equivalente é necessário, antes de qualquer coisa, a consideração do pórtico do edifício e não apenas a cx. do elevador. Se não aceitamos os módulos de elasticidade secante e tangente do concreto como sendo uma forma eficiente de modelagem matemática, estaremos negando a utilidade e a eficiência do concreto armado e não haveria razão de estarmos aqui, discutindo sobre ele agora.
Não ha contradição alguma, sua análise esta sendo efetuada em cima de da maneira que o MultCalc trabalha que você desconhece, ou acredita que é efetuado de maneira inadeguada. A formula pela qual se obtém o coeficiente alfa é publica : altura total multiplicada pela raiz quadrada da da ( Soma de todas as cargas verticais de serviço dividida pelo produto do módulo de deformação secante Ecs pela Inercia Ic) A rigidez equivalente de um pórtico, pode-se aplicar uma carga FH no topo do pórtico, se U for o deslocamento na direção a rigidez equivalente será FH x Htot ao cubo dividido por 3 U etc etc ou a outra forma utilizando uma força distribuida p ao longo da altura
Parece óbvio e não foi informado nada ao contrário, que para calcular o coeficiente Alfa há necessidade de modelar o projeto inteiro como portico é só ver as formulas do calculo do parametro ALFA.
Segundo a NBR6118
Alfa < 0,5 contraventamento somente de pórticos
Portanto é permitido utilizar somente pórticos
Alfa < 0,6 contraventamento efetuado pela associação de porticos e pilares parede
Portanto é permitido associar.
Alfa < 0,7 Contraventameto constituido exclusivamente de pilares Parede.
Portanto é permitido utilizar somente pilares parede, se você analizar o fato de que para a mesma carga de serviço a eficiencia do contraventamento aumenta com a associação de pilares paredes chegando ao máximo quando só tem pilares parede.
Acredito que não ha contradição alguma, e estamos discutindo sobre a eficiência de utilizarmos pilar parede para forçar o projeto a ser classificado como de nós fixos.
Antigamente! Na época em que a NB1/78 estava em vigor, a verificação da estabilidade de um edifício era feita exclusivamente pelo parâmetro alfa, que foi importada da norma CEB, Hoje EUROCODE2. A partir de 2003, como já disse, isso não é o bastante.
Esse fato NB1/78 é passado, Todo o MultCalc foi elaborado em cima da Norma NBR6118 atual. Para atualização a NBR6118 a editora Dunas possui um Curso completo de Calculo Estutural, de acordo com a NBR é comentado nos mínimos detalhes ( 4 volumes) fechando com chave de ouro num volume onde é efetuado o calculo completo de um prédio comentado ( desde a fundação até
a caixa dágua.
A NBR6118, não fixa qual dos dois metodos deva ser utilizado para verificar a estabilidade global , incluisive porque o Gama Z é para
estruturas reticulares a partir de 4 pavimentos.
Evidente que há outras verificações como o estado limite de deformações excessivas ( deslocamento horizontal máximo , deslocamento horizontal relativo)etc que são efetuadas na estrutura modelada como portico.
Para a definição de Nós fixos, a literatura que conheço e bastante clara qualquer dos dois parametros pode ser utilizado.
No volume 3 do curso de concreto armado do referido professor ha um exemplo completo comentado com a analize de um pilar parede na verificação da estabilide global de um edificio, inclusive mostrando que se pode em uma direção do projeto utilizar somente o pilar parede e noutra associar mais um ou dois porticos para atingir o objetivo. Repetindo o projeto fica muito mais barato do que utilizando somente porticos.
Pelo menos nisso estamos de acordo! Não adianta simplesmente calcular a estrutura como pórtico espacial e na hora de detalhar, em vez de detalhar os nós como sendo nós de pórtico detalha-se como sendo simplesmente encontro de pilares e vigas.
O importante e voltar ao ponto da discução
O fato de que a utilização de pilar parede ou a sua associação com pórticos além de estar correto e atendendo a NBR6118 ( tem até coeficiente diferenciado ), leva a projetos mais econômicos. Para quem calcula com softwares que não fazem essa associação evidentemente ficam impossibilitados utilizar essa vantagem, pois alguns software somente permitem utilização do pórtico.
Atenciosamete
Celio Silvestre
Diretor Técnico
celio@multcalc.com.br
www.multcalc.com.br