Debatedores criticam propostas que proíbem o uso do amianto


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Debatedores criticam propostas que proíbem o uso do amianto

fórum
postou em Qua, 03 Dez 2008, 19:30
Moderador | Mensagens: 220

    Debatedores criticam propostas que proíbem o uso do amianto

    Agência Câmara

    BRASÍLIA - O presidente da Federação Internacional dos Trabalhadores do Amianto Crisotila, Adilson Conceição Santana, afirmou na Câmara que o Brasil não registra casos de doenças relacionadas ao uso do amianto crisotila desde a década de 80. Segundo Santana, o uso controlado e responsável do amianto possibilita trabalhar com o mineral sem que cause mal à saúde.

    Durante audiência pública realizada na Comissão de Seguridade Social e Família, Santana assinalou que "é preciso reavaliar a realidade atual da produção do amianto crisotila no país, "pois o uso controlado garante ambientes saudáveis de trabalho na mina e nas fábricas de telha e caixa d'água", defendeu.

    O debate solicitado pelos deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO) e João Campos (PSDB-GO) foi para discutir os projetos de lei do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), que proíbem a utilização de amianto no Brasil.

    Defensor do uso controlado e responsável do amianto, o representante da Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto (CNTA), Nilton Pereira Campos, criticou as indústrias automotivas que, segundo ele, utilizam de forma inadequada o amianto. - Não vimos ainda nenhuma indústria automotiva ser fechada. Elas não respeitam a legislação e o acordo nacional do amianto - ressaltou.

    Santana afirmou que empresários que defendem a saída do amianto do cenário nacional, querem substituí-lo por fibras sintéticas, "um produto que dura menos e não presta, mas que representa um mercado de R$ 2 bilhões", ressaltou.

    O deputado Ronaldo Caiado lembrou que em todas as legislaturas o tema é discutido na Câmara dos Deputados, o que demonstra a "estratégia bem elaborada pelas multinacionais que não conseguem concorrer com o amianto, e com isto querem a todo custo denegrir o produto brasileiro".

    Para Caiado, as multinacionais querem "satanizar" o amianto brasileiro para introduzir o produto sintético no mercado nacional.

    - Agem de maneira predatória. A fibra sintética não tem estudo sobre o impacto ambiental e sobre a saúde do trabalhador para substituir o amianto crisotila, que, se utilizado adequadamente, pode trazer benefícios para a sociedade - disse.

    Caiado acrescenta que é preciso desmistificar a campanha contrária ao uso do amianto. - Não existe o menor embasamento científico para banir o seu uso - criticou. Médico ortopedista, Caiado comparou o uso do amianto à utilização do Raio X, que, se utilizado inadequadamente, pode causar danos à saúde, "e nem por isto foi abolida sua utilização".

    O deputado Acélio Casagrande (PSDB-SC) concorda quanto à necessidade de reconstrução da imagem do amianto no Brasil, que segundo ele, sofre uma verdadeira "desconstrução" por parte de setores que querem acabar com sua utilização, em detrimento de produtos sintéticos menos duráveis e mais caros.


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    Fórum E-Civil
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    robmag
    postou em Seg, 02 Fev 2009, 12:52
    Colaborador Nível 1 | Mensagens: 275

      Nesta discussão não ficou bem claro se querem acabar com a fabricação de artefatos de cimento amianto, ou se querem impor uma maneira de fazer com que as pessoas se acostumem a utilizar materiais alternativos como plástico, fibra de vidro, etc. daqui para frente.

      E quem tem grandes telhados de cimento amianto e não mais terão peças de reposição? Como é que ficam?

      E quem há mais de 80 anos bebe água de caixas d'água e de tubulações urbanas de cimento amianto sem qualquer revestimento, ou que moram há muito tempo sob telhados sem laje, será que atualmente estão todos doentes?

      Vamos aguardar e torcer para que esta polêmica não seja mais uma artimanha ou jogada de interesses comerciais, para antecipar e valorizar o lançamento de novos produtos no mercado, como várias vezes já vimos acontecer.

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      postou em Sex, 31 Jul 2009, 00:16
      Usuário Nível 1 | Mensagens: 8

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        Arq. Edson
        postou em Qui, 27 Mai 2010, 16:02
        Usuário Nível 1 | Mensagens: 3

          Em contato com o pessoal do INCA - Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro, me disseram que o asbesto, matéria prima do cimento amianto é realmente cancerígeno e de qualquer modo, sua extração, produção e modelagem e uso seriam banidos do Brasil, face aos reincidentes casos da doença nos trabalhadores na indústria desses produtos; o asbesto e o cimento-amianto.
          Contudo, seja lá verdade ou não, o que posso afirmar é que qualquer partícula sólida e estranha que entre pelas vias respiratórias podem causar males diversos, inclusive o câncer. Não é privilégio do asbesto.
          Se tomarmos como exemplo a lã natural de carneiro e o algodão podem fazer despontar uma asma brônquica em um indivíduo. Se for pó de cimento, ´este é extremamente alcalino além de sólido, o que acarretará a queima interna dos alvéolos sem que o organismo possa eliminá-lo por si só. O excesso de fuligem de qualquer espécie também podem causar problemas semelhantes ao pó do cimento. E por aí vai.
          Para se resolver esse problema, seria preciso trabalhar tanto a matéria prima, o asbesto, com muita água no processo de extração, transporte e embalagem assim como na produção do cimento-amianto em todas as suas etapas, além das precauções tomadas em curso. Principalmente no lixamento e acabamento dos produtos.
          Tecnicamente acho um produto incrível, pela sua maleabilidade, resistência e abundância no Brasil. Mas não creio que seja por imposição dos produtores de fibras sintéticas estrangeiras, pois em todas as partes do mundo, inclusive nos estados Unidos, está proibido o uso do asbesto.
          Ao que me parece, trata-se de uma fobia coletiva baseada em casos isolados ou em uma estatística equivocada. Fibras sintéticas podem até sere inertes quimicamente, mas sua presença dentro de pulmões causarão tanto mal quanto o asbesto. Isto é certo.

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          Fórum E-Civil
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          Re: Debatedores criticam propostas que proíbem o uso do amia

          Andreialves
          postou em Dom, 18 Jul 2010, 10:30
          Usuário Nível 1 | Mensagens: 40

            fórum escreveu:Debatedores criticam propostas que proíbem o uso do amianto

            Agência Câmara

            BRASÍLIA - O presidente da Federação Internacional dos Trabalhadores do Amianto Crisotila, Adilson Conceição Santana, afirmou na Câmara que o Brasil não registra casos de doenças relacionadas ao uso do amianto crisotila desde a década de 80. Segundo Santana, o uso controlado e responsável do amianto possibilita trabalhar com o mineral sem que cause mal à saúde.

            Durante audiência pública realizada na Comissão de Seguridade Social e Família, Santana assinalou que "é preciso reavaliar a realidade atual da produção do amianto crisotila no país, "pois o uso controlado garante ambientes saudáveis de trabalho na mina e nas fábricas de telha e caixa d'água", defendeu.

            O debate solicitado pelos deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO) e João Campos (PSDB-GO) foi para discutir os projetos de lei do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), que proíbem a utilização de amianto no Brasil.

            Defensor do uso controlado e responsável do amianto, o representante da Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto (CNTA), Nilton Pereira Campos, criticou as indústrias automotivas que, segundo ele, utilizam de forma inadequada o amianto. - Não vimos ainda nenhuma indústria automotiva ser fechada. Elas não respeitam a legislação e o acordo nacional do amianto - ressaltou.

            Santana afirmou que empresários que defendem a saída do amianto do cenário nacional, querem substituí-lo por fibras sintéticas, "um produto que dura menos e não presta, mas que representa um mercado de R$ 2 bilhões", ressaltou.

            O deputado Ronaldo Caiado lembrou que em todas as legislaturas o tema é discutido na Câmara dos Deputados, o que demonstra a "estratégia bem elaborada pelas multinacionais que não conseguem concorrer com o amianto, e com isto querem a todo custo denegrir o produto brasileiro".

            Para Caiado, as multinacionais querem "satanizar" o amianto brasileiro para introduzir o produto sintético no mercado nacional.

            - Agem de maneira predatória. A fibra sintética não tem estudo sobre o impacto ambiental e sobre a saúde do trabalhador para substituir o amianto crisotila, que, se utilizado adequadamente, pode trazer benefícios para a sociedade - disse.

            Caiado acrescenta que é preciso desmistificar a campanha contrária ao uso do amianto. - Não existe o menor embasamento científico para banir o seu uso - criticou. Médico ortopedista, Caiado comparou o uso do amianto à utilização do Raio X, que, se utilizado inadequadamente, pode causar danos à saúde, "e nem por isto foi abolida sua utilização".

            O deputado Acélio Casagrande (PSDB-SC) concorda quanto à necessidade de reconstrução da imagem do amianto no Brasil, que segundo ele, sofre uma verdadeira "desconstrução" por parte de setores que querem acabar com sua utilização, em detrimento de produtos sintéticos menos duráveis e mais caros.




            Eu acho que os produtores de amianto irão sempre dizer que não há problema com este material.

            a partir da década de 60 vários estudos concluíram pela relação entre o aparecimento de várias doenças profissionais e a exposição ao amianto. Na altura considerou-se que só algumas fibras minerais produziam efeitos nefastos para a saúde, pelo desenvolvimento de mesotelioma (cancro do revestimento mesotelial do pulmão, relativamente ao qual a maior parte dos doentes morre em menos de 12 meses após o diagnóstico [4-6], razão pela qual este material continuou a ser utilizado. Somente na década de 80 com a aprovação da Directiva 83/477/CEE, que definia os riscos para a saúde dos trabalhadores expostos ao amianto, é que a perigosidade daquele material começou a ser levada efectivamente a sério, sendo que em 1991 uma nova Directiva (91/382/EEC), agravou os limites previstos na Directiva inicial. As investigações entretanto feitas pela comunidade científica permitiram concluir que todas as fibras de amianto apresentavam potencial cancerígeno, quer na variante de asbestose (lesões do tecido pulmonar causadas por um ácido produzido pelo organismo na tentativa de dissolver as fibras ou mesmo de cancros do pulmão, do tracto gastrointestinal dos rins e da laringe. Consequentemente a Directiva 2003/18/EC veio proibir a extracção destas fibras e a sua utilização em produtos”.


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