Prezados.
Estou calculando uma varanda que foi construída há aprox. 30 anos sem armadura negativa. Ela atualmente está fraturada e vou demoli-la. Estou calculando a armadura negativa que entrará na laje contígua. Gostaria que alguém que já tenha executado este procedimento, passe como procedeu e as surpresas que eventualmente ocorreram.
Vou preparar o escoramento.
Demolir a laje varanda fraturada até a viga.
Fazer cortes no espaçamento de cálculo, na laje contígua, no comprimento necessário para combater os momentos negativos.
Colocar a armadura com a bitola de cálculo na nos cortes após limpeza criteriosa.
Colar com compound ou sikadu (são os produtos que costumo usar em função da viscosidade necessária). Não sei se o nome está correto mas quem conhece, entende.
Concretar logo após a preparação enquanto o produto está no prazo.

Sei da teoria mas nunca executei em laje, principalmente numa varanda onde o perigo é maior.

Por favor, os que têm experiência nestes procedimentos podem me passar as dificuldades que podem ocorrer e um roteiro, por exemplo, profundidade do corte, cuidados na viga, ancoragem e demais ações que aumente a garantia que o novo concreto será bem aderido.

Pensei em usar aço carbono mas como não conheço, não tenho coragem.

Obrigado.

Barcanias
Varanda em balanço sem armadura negativa?...Como ela estava apoiada?
Leve em consideração nos cálculos a alteração dos momentos fletores na laje contígua pela introdução do negativo na varanda (a armadura existente pode resistir?).
Você vai mesmo cortar a seção comprimida da laje pra assentar os ferronegativos de ancoragem?
Como estes ferros negativos vão passar pela viga e sua armadura (estribos e armaduras logitudinais construtivas ou negativas)? É o mesmo problema da laje existente - destruir seção comprimida da peça...
Como garantir contato efetivo da seção de concreto comprimida da varanda com a viga, apesar das contrações e dilatações?
Olha que tá complicado...

Alex Barreto Cypriano escreveu:Barcanias
Varanda em balanço sem armadura negativa?...Como ela estava apoiada?
Leve em consideração nos cálculos a alteração dos momentos fletores na laje contígua pela introdução do negativo na varanda (a armadura existente pode resistir?).
Você vai mesmo cortar a seção comprimida da laje pra assentar os ferronegativos de ancoragem?
Como estes ferros negativos vão passar pela viga e sua armadura (estribos e armaduras logitudinais construtivas ou negativas)? É o mesmo problema da laje existente - destruir seção comprimida da peça...
Como garantir contato efetivo da seção de concreto comprimida da varanda com a viga, apesar das contrações e dilatações?
Olha que tá complicado...

Vamos lá,
Primeiro, obrigado pela resposta.

1- Com o momento negativo existindo, o positivo diminui, logo a armadura existente positiva suportará.
2- Ela só tinha suporte no ferro positivo, logo, trincou porém apenas 30 anos depois.
3-Serão cortes lineares onde serão inseridos as armaduras. Penso em usar maquita por exemplo, para cada linha de armadura com profundidade o mais curta possível. Assim preservo o restante da área comprimida. Lembre-se que os esforços só ocorrerão após a retirada do escoramento, quando o novo concreto já deverá estar solidarizado. Vou deixar entre 25 a 30 dias escorado.
4- O Contato da seção comprimida da varanda com a viga não me preocupa. A viga levará o adesivo que fará a união do concreto novo com o velho(viga). Vou manter a armadura existente na viga (positiva) que é composta de ferros de 10mm.
5- Com relação a armadura da viga, pretendo atravessar por baixo da armadura longitudinal superior. Acredito ou espero haver baixo congestionamento local.

Aguardo sua resposta e lamento que colegas que já tenham executado tal procedimento não tenham dado sua contribuição. Será que sou o único a executar um procedimento tão comum no que se refere a este tipo de patologia?

Inicio segunda-feira os trabalhos. Vou procurar livros além dos que tenho para este procedimento.