Prezados colegas,

Gostaria de compartilhar um registro técnico e histórico que considero relevante para reflexão e debate no âmbito da Construção Civil e do Mercado Imobiliário.

Em dezembro de 2025 ocorreu o primeiro uso prático documentado do M²T (Metro Quadrado Token) em um contexto real de obra, no Brasil, envolvendo pagamento parcial de um serviço executado por operário da Construção Civil.

📌 O que é o M²T
O M²T (Square Meter Token / Metro Quadrado Token) é um token utilitário, desenvolvido na blockchain Solana, inspirado na unidade mais básica e universal do nosso setor: o Metro Quadrado (M²).
Não representa propriedade imobiliária, não é lastreado em ativos físicos e não constitui valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro. Sua proposta é funcionar como elemento de integração digital, referência simbólica e utilidade em iniciativas relacionadas à construção civil e ao mercado imobiliário, conforme descrito em seu whitepaper oficial:

https://m2-token.io/whitepaper/m2t_whitepaper_completo_v1.3.pdf

O caso prático (obra real)
Em 12 de dezembro de 2025, em uma obra no Brasil, um pedreiro autônomo aceitou, de forma livre, consciente e documentada, receber parte do pagamento de um serviço (assentamento de revestimento porcelanato) em M²T.

Valor total do serviço: R$ 700,00
Forma de pagamento:
R$ 640,00 em moeda corrente
R$ 60,00 em M²T

O pagamento em token foi realizado por transferência direta na blockchain Solana, com registro público e verificável.

O trabalhador foi auxiliado apenas na abertura de conta em exchange, permanecendo titular exclusivo dos ativos recebidos.

Todo o procedimento foi formalizado por meio de contrato de prestação de serviços, recibo, quitação e autorização expressa, com ciência quanto à natureza do token, sua volatilidade e ausência de garantias financeiras, documento este assinado pelas partes

Aspectos relevantes
O uso do M²T foi pontual, voluntário e parcial, não substituindo a moeda corrente.
Não houve qualquer imposição, promessa de valorização ou caracterização de relação trabalhista.
O registro do caso tem caráter histórico, técnico e experimental, demonstrando uma possibilidade concreta de integração entre o mundo físico da obra e ferramentas digitais emergentes.

Por que compartilhar aqui
O setor da Construção Civil, apesar de sua importância econômica, historicamente apresenta baixo nível de integração digital. Este episódio não pretende afirmar modelos prontos ou soluções definitivas, mas sim registrar um fato real, que pode servir de base para discussão técnica, jurídica e operacional sobre meios de pagamento alternativos, digitalização de processos, limites e possibilidades do uso de tokens utilitários no setor.

A intenção é contribuir para o debate, ouvindo críticas, ponderações e visões diversas da comunidade técnica.

Fico à disposição para responder comentários e esclarecimentos adicionais.

Cordialmente,
Isaac de Cristo
Arquiteto e Urbanista