- LucasCoelho
- postou em Sex, 13 Jan 2017, 10:12
- Usuário Novato | Mensagens: 2
O chapisco é considerado como uma ponte de aderência entre a superfície, normalmente mais lisa, dos blocos cerâmicos, por exemplo, e a argamassa de reboco que será utilizada. A superfície rugosa resultante do procedimento de chapisco garante que haja aderência mecânica além de aderência química entre o reboco e a parede, muro, ou mesmo peças estruturais, as quais se deseja revestir. Como a argamassa de chapisco (cimento e areia grossa, ou pedrisco) leva uma grande quantidade de cimento em seu traço 1:3 (aproximadamente 300 kg/m³), a aderência ao bloco cerâmico é mais significativa do ponto de vista mecânico, uma vez que a hidratação do cimento resulta em um "agulhamento" dos grãos de cimento e promovem o atrito entre ambas as superfícies. Já para a argamassa de reboco, com menor consumo de cimento, essa aderência fica reduzida e poderá gerar patologias futuras no acabamento (desplacamento, p.e.), causando desconforto e gastos com manutenção. Por isso, quando não se consegue uma boa aderência mecânica é necessário dispor de um aditivo químico (como o Bianco, da Vedacit) que promova a aderência química.
Quanto mais lisa a superfície do bloco, mesmo com aquelas ranhuras e estrias, mais difícil é a aderência. Já para os tijolos maciços, muito comuns para as construções mais antigas (década de 70 e 80, acredito) era dispensável aplicar o chapisco sobre o mesmo, porque a sua superfície era bem porosa, o que garantia uma boa aderência entre a massa de revestimento e o tijolo.