Galpões em estrutura de aço geralmente são concebidos a partir da associação de pórticos deslocáveis (via de regra, na direção de menor inércia) com pelo menos um tramo contraventado (na direção de maior inércia). Esta solução tende a ser a mais econômica porque nos pórticos deslocáveis as conexões impedem o giro livre de suas barras, ou seja, momento nos apoios e menor momento máximo no meio das barras. E, ainda que conexões rígidas possam custar mais caro do que conexões de simples apoio, as seções das barras serão sempre menores, gerando, no final das contas, um consumo menor de Kg de aço por m² de estrutura montada. O dimensionamento à tração será sempre mais econômico, seja ele para barras rígidas ou cabos flexíveis, pois o risco de flambagem será sempre inferior. No entanto, havendo a possibilidade de acesso posterior às conexões para reajuste dos esticadores, o contraventamento dos tramos por meio de cabos flexíveis, para o caso específico dos galpões, é o mais econômico em virtude do menor consumo de material. Quanto aos softwares, sugiro sempre a utilização em paralelo de um destinado somente à análise linear estática plana (como o FTOOL, por exemplo), pois neste tipo de software, se o modelo geométrico não estiver estável o software não é capaz de determinar os esforços solicitantes atuantes no esquema. Por fim, procure por livros que tratem de concepção estrutural, como os do Prof. Yopanam Rebelo, pois a concepção antecede o dimensionamento e sua compreensão é fundamental para que o projetista possa fazer suas opções.