Caro Alessandro,
Uma treliça não é adequada para essa situação porque a treliça exige aplicação de cargas concentradas em seus nós e isso não é o que ocorre em uma laje de concreto armado que lança sua carga sobre uma viga de forma uniformemente distribuída. Uma treliça suportando carregamento uniformemente distribuído está sujeita a momentos fletores em seu banzo superior, o que a torna antieconômica e perigosa.
Se a escolha for por se trabalhar com aço, caso haja possibilidade de manobra no local o adequado seria empregar uma viga de alma cheia (um perfil “I”) com altura entre 40 e 60 cm de altura, sendo que quanto mais alta for essa viga, menor será o seu peso e sua deformação. Acredito que que essa viga funcionará ainda como viga de transição, recebendo pelo menos 1 pilar sobre ela no pavimento acima, portanto, não conte com uma viga muito esbelta.
A recusa de parte do arquiteto pode estar relacionada a questões de linguagem arquitetônica (gosto pessoal). Nessas horas são necessárias referências visuais e simulações 3d para se chegar um bom termo.
No entanto, é perfeitamente possível trabalhar com uma viga de concreto armado em alturas inferiores a 80 cm ( 60 a 70cm), só que sendo ela uma viga simplesmente apoiada a inércia deverá ser compensada pela largura e a área de compressão pela área de aço, o que pode torná-la antieconômica. Mas é moleza para um projetista de estruturas.
Abraço,