Olá foristas,

Primeiramente gostaria de agradecer a vocês pelo excelente nível de respostas que tenho lido ultimamente neste forum e que tem me ajudado muito!

Bem, ultimamente tenho andado preocupado com a forma que minha laje foi feita. Bati uma laje de isopor recentemente, porém descobri horas antes da concretagem pelo caminhão, que o mestre de obras não usaria malha de ferro pois segundo ele o projeto estrutural não pedia isso e que como o projeto especificava vigotas reforçadas (com 2 ferros extras), isso seria um exagero. Liguei na hora para o engenheiro e ele confirmou a mesma coisa, pois como as vigotas seriam reforçadas, e o concreto sendo usinado (FCK=25) com 5 cm espessura, seria apenas necessário um reforço negativo (feito com barra de ferros na direção oposta das vigotas) para as paredes que não estivessem sobre qualquer viga. Eu falei com ele que caso eu quisesse mudar o layout existente da casa e quisesse construir novas paredes, eu poderia ter problemas em construir uma parede que estivesse na mesma direção da vigota, pois esta ficaria apenas em cima do concreto e do isopor, sem qualquer reforço adicional. O engenheiro comentou que não seria um grande problema, pois a laje estaria muito resistente com as especificações do projeto e o concreto suportaria a parede ( ). Eu tenho ouvido críticas favoráveis e contra essa idéia. Como eu ainda não bati o contrapiso, li aqui no forum que talvez uma malha pop no contrapiso poderia atenuar isso caso isso fosse realmente um problema.

PS: Eu li que a falta da malha poderia ocasionar fissuras (como de fato ocorreu), mas como ainda vai ter contrapiso e piso por cima, qualquer vazamento seria sanado com isso. Minha preocupação é realmente com a estrutura da laje (barrigar ou mesmo ceder!).

Bom dia

Quanto a resistência em lajes normais conforme os apoios da laje, a armadura superior não é necessária, ou seja, se bem dimensionada não vai ter grandes problema estruturais. Usualmente se utiliza malha pop (tela soldada) para evitar fissuração e caso ocorra algum momento gerado por engaste ou apoio não previsto Ex: construir uma parede no andar inferior que encoste na laje atuando como um apoio, embora não ter a mesma resistência de pilares e vigas. (por descuido e por aprender na faculdade que paredes não atuam como elemento estrutural)
A norma perve porem grampos para evitar fissuração das bordas em lajes engastadas.

Neste caso ocorre comumente outro problema, se não orientada a mão de obra, quando é retirado as escoras estas devem ser retiradas do centro (meio) da laje para as bordas, para não gerar momento em direção oposta a armadura. Se retirada das bordas para o centro (muito comum) gera-se tração na parte superior da laje (sem aço) ocorrendo fissuras sendo possível até mesmo o colapso da laje. Por isso considero indispensável uma armadura na parte superior como coeficiente de segurança.

Uma opinião pessoal, se voce contratou um engenheiro, ele tem responsabilidade por 50 anos para questões estruturais como fundações, lajes, vigas e pilares (desde que feita as manutenções) assim acredito que dificilmente ele aceitaria ou faria algo correndo riscos.

Quando aparece uma fissura em minhas obras quando de pequena proporção, eu as preencho primeiramente com gesso, massa corrida ou qualquer material que não dilate como o silicone, depois acompanho para ver se a mesma estabiliza ou aumenta. Se aumentar contate seu engenheiro ou contrate outro para um parecer (se quiser segunda opinião) para se preservar de algum problema maior.

Espero ter ajudado.